Veja com o especialista José Amauri Martins como as indústrias se adaptaram às novas definições de segurança

Desde que a pandemia do coronavírus começou, muitas pessoas precisaram se adaptar a uma nova realidade, chamada por muitos de "O Novo Normal". Foi necessária uma readequação de padrões que afetou muitos setores, inclusive a indústria. Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que 41% das indústrias tiveram a produção interrompida e 79% sofreram com a redução nos pedidos, impactando negativamente a lucratividade e o abastecimento de diversos mercados.

Como

Em março, foi observado um recuo de 2,4% no desempenho da indústria, o que levou muitas empresas a repensarem seus negócios e buscar formas de otimizar o trabalho, mostrando que mesmo com a redução da demanda, garantir a segurança da equipe remanescente era fundamental, uma vez que o número de empregos também passou por um corte. Nesse contexto, as indústrias procuraram maneiras de se adequar a NR12 em paralelo às mudanças de cenário impostas pela pandemia.

O especialista da Schmersal em NR12, José Amauri Martins, acredita que a pandemia afetou a todos, em todos os segmentos: "É muito cedo para tirarmos decisões definitivas. O Brasil esteve parado por muito tempo, e não foi diferente com a indústria. A retomada da produção passou e passa por adequações nos sistemas de produção, os negócios despencaram e com isso, as verbas também, muitas vezes sendo destinadas para outros fins. Com a retomada dos negócios, a normalidade aos poucos vai acontecer".

Em paralelo, esse novo cenário aumentou a valorização de cuidados com a saúde e segurança, levando a adoção de uma nova cultura na indústria, principalmente relacionada à norma regulamentadora. O quadro de trabalhadores reduzido e a diminuição das demandas de produção fizeram os líderes repensarem alguns aspectos internos, reflexos de uma nova ideia de proteção e prevenção em crescimento.

"A pandemia deixa uma enorme lição para a humanidade. Caberá a cada um entender o que aconteceu, está acontecendo e ainda acontecerá. Mudanças nos sistemas de trabalho, nos comportamentos individual e coletivo, de tudo que cada um imagina. A grande resposta deve ser, ‘o que mais vale é a vida’ e por ela devemos lutar. Caberá agora aos gestores se conscientizarem do real valor da vida e da integridade física”, afirma o especialista.

A melhor forma de manter a segurança é a prevenção, o que reforça a importância da aplicação correta da NR12, uma espécie de “imunização” contra possíveis acidentes de trabalho. “Hoje a busca é a vacina e ter a certeza de que para sua efetividade, bastará uma ou duas doses únicas, ou será necessária a imunização todos os anos. Na aplicação de segurança de máquinas, já temos a vacina pronta para ser aplicada, que é a NR12. Se os gestores fizerem a lição de casa, implantando de maneira correta, seus trabalhadores estarão imunes aos acidentes. É só seguir suas exigências", completa ele.

Desta forma, cabe adequarmos a indústria à nova realidade, que prioriza cada vez mais a segurança dos colaboradores e que respeita às exigências da NR12 de forma que fazer um trabalho preventivo é muito mais produtivo e lucrativo do que lidar com acidentes e perdas.